quarta-feira, 20 de maio de 2009

Microsoft deve lançar novo buscador na próxima semana,diz jornal

(Reuters) - A Microsoft deve lançar publicamente uma nova versão da sua ferramenta de busca na Internet na próxima semana, informou o Wall Street Journal, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

A gigante norte-americana está testando internamente uma nova versão do serviço sob o nome de Kumo.com, que pode se tornar parte da tentativa da companhia de alcançar os líderes no segmento Google e Yahoo.

A Microsoft contratou a JWT, uma unidade da WPP, para desenvolver uma campanha publicitária para o produto, acrescentou o jornal. O dispositivo de busca deve ser lançado na conferência "D: All Things Digital".

Representantes da produtora de software não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
UOL

sábado, 16 de maio de 2009

Jornal: o cadáver impresso - Jardel Dias Cavalcanti

"O jornal é o cemitério das ideias." (Proudhon)

O jornal se transformou num anãozinho depois que a internet foi inventada. E quanto mais o tempo passa, menor ele vai se tornando. E, por sua vez, maior vai se tornando a internet. A questão da significância da imprensa impressa tem seus dias contados. Doa a quem doer.

Não resta dúvida que ao jornal impresso estão relacionados uma série de pequenos prazeres. Tomar o café da manhã de domingo abrindo e dobrando lentamente aquelas gigantescas folhas de papel, selecionando por uma ordem de importância absolutamente pessoal que notícias ler primeiro, quais ler depois e quais não ler, comentar com o parceiro as novidades do mundo da política, da cultura e dos esportes, ver que filme assistir naquele dia, é realmente um rito social do qual muita gente participa. E gosta de participar.

Segundo disse Hegel, se não me engano com a autoria da frase seguinte, "o jornal é a oração matinal do homem moderno". De fato. Mas não para a nova classe de leitores contemporâneos jovens, que acorda ligada na internet. Ali abundam notícias muito mais variadas, mais rápidas e de enfoques os mais dispares possíveis. Coisa que a mídia impressa não dá conta. E em quantas línguas você puder ler. Universalizando a informação.

Lembro-me que me interessei, certa vez, por começar a ler o Le Monde e o Nouvelle Observatoire para treinar meu francês e ver a ótica da mídia francesa sobre problemas internacionais que me interessavam na época. Onde comprar tais jornais? Como pagar por eles? Eu teria que ir a São Paulo, pois uma cidade caipira como Campinas não abriga esse tipo de importação. Nem tínhamos a FNAC ainda. Muito menos a Livraria Cultura. E as bancas não passavam do trivial. Meu desejo foi para o buraco, pois eu não tinha a mínima condição de gastar com uma passagem até São Paulo e muito menos pagar por um jornal importado.

Veio a internet e com ela a possibilidade de navegar mundo afora, com infinitas possibilidades de receber muito mais informações, como disse acima, em quantas línguas eu conseguisse ler e com velocidade muito maior.

A atualização é outro fator que pesa na questão da maior importância da mídia virtual sobre a impressa. Notícias são atualizadas por minuto. Fotos e vídeos enviados em tempo quase real para os sites que exibem os fatos em tempo real. Quem pode competir com isso?

Outro dado é a questão da liberdade de imprensa. As notícias fornecidas por mídias virtuais alternativas ganhavam em liberdade das mídias controladas por patrocinadores. Por exemplo, as fotos da violência praticada por americanos na sua última guerrinha, estampadas na internet, desconcertaram o poder que camuflava tais fatos. Alterou a opinião pública sobre a invasão americana. Outro exemplo: índios nos confins da Amazônia denunciaram, via internet, para órgãos internacionais, desmatamentos criminosos. A mídia impressa estava longe desse alcance. O conceito de mídia, em casos como esses, vai se alterando significativamente.

O tamanho do universo que cabe e se revela a partir desta caixinha que é o visor do computador não pode ser medido. Estamos no meio de uma revolução que transformará nossos conceitos, inclusive, o de realidade. Revolução sem volta. Transformação acelerada.

A mídia impressa vai perdendo rapidamente seus consumidores. Ninguém mais quer recortar e guardar notícias de jornais se pode tê-la no arquivo do próprio jornal virtual ou num CD ou pendrive. Ninguém mais quer pagar por uma notícia que pode ter de graça, abundantemente, no mundo virtual.

Há os nostálgicos, evidentemente, que não desprezam o dedo sujo com a tinta dos jornais impressos no Brasil. O ritual é mais importante que o significado das notícias. Afinal, passar três horas mergulhado num jornal de domingo nos livra de ter de olhar para nossas esposas ou maridos, ou prestarmos atenção às bagunças de nossos pequenos e ativos filhos. Ou nos faz ter a ilusão de que alguém está olhando para a realidade pra nós, descuidados da mesma que estamos ao sabor do matinal suco de laranja e do cheiro do café. Mais ainda, o jornal é um confortável calmante para as manhãs ensolaradas de domingo. Diferente da internet, que exige quartos de um semi-breu deprimente. Afinal, poucos ainda têm acesso ao laptop. Mas isso é uma questão de tempo. De pouquíssimo tempo, eu garanto. Pois já se pode comprar tal ferramenta por 600 reais por aí. O sol da manhã será salvo e o jornal impresso liquidado quando todos puderem abrir seu pequeno computador sob a sombra de uma árvore, n um parque, ou em casa, sob o sol que se deita na nossa pequena varanda.

Outro fato estrondoso é que a internet possibilita coisas que a mídia impressa não poderia jamais fazer, como é o caso de abrir as portas do mundo para o cidadão de qualquer lugar do planeta, da mais recôndida zona rural até os centros urbanos mais antenados. Os satélites estão a cada dia mais poderosos e distribuídos amplamente na misteriosa escuridão dos céus, misturando-se e confundindo-se no seu brilho com as estrelas reluzentes. Conectar-se à internet vai ser um fato comum no planeta Terra, como beber água, graças à presença dos satélites.

Aviso aos navegantes: só não sabe o tamanho do mundo quem não consegue ir além do tamanho da folha de um cadavérico jornal impresso.

Jardel Dias Cavalcanti
Londrina, 14/4/2009

sábado, 2 de maio de 2009

Banda larga cresce no país, mas internautas querem serviço mais rápido



Adoção de internet banda larga cresce no país; usuários querem conexão ainda mais rápida


da Folha de S.Paulo

A adoção de internet de banda larga cresce em alta velocidade no país. Desde que se estabeleceu no Brasil, no começo dessa década, o número de conexões foi multiplicado 29 vezes -são cerca de 10 milhões de pontos de acesso em alta velocidade atualmente.

E as linhas velozes e ininterruptas com a rede mundial de computadores são uma realidade vivida dentro das casas --88,6% dos pontos desse tipo estão em residências.
Mark Lennihan/AP


Abismo social

A banda larga já é o principal meio de acesso domiciliar à internet, superando as ligações via linha telefônica.

Mesmo nas casas das classes C, D e E que têm internet, o número das que utilizam conexões rápidas já supera o das que acessam a rede por conexão discada.

Não que o abismo social brasileiro não se manifeste no âmbito da internet. Enquanto 81% das residências com renda familiar acima de R$ 4.151 têm conexão residencial com a rede mundial, seja banda larga, seja telefônica, apenas 21% das casas com renda familiar até R$ 1.245 estão conectadas.

Na média brasileira, 18% dos domicílios estão ligados à rede --quase um em cada quatro tem computador. Os dados são de pesquisa do e Coordenação do Ponto BR).

Assim como as possibilidades, as atividades realizadas na internet, no Brasil, são bastante variadas -e intensas: os usuários residenciais do país estão entre aqueles que mais tempo passam conectados em todo o mundo.

Uso

Os brasileiros utilizam a rede principalmente para comunicação (90%), busca de informações e serviços (83%), lazer (86%) e educação (71%). Um número muito menor de internautas usa serviços financeiros (15%) ou faz compras on-line (16%).

E os brasileiros querem a melhor experiência proporcionada pela velocidade: 55% de quem possui internet em casa tem interesse em aumentar a rapidez da conexão.

Isso tudo, apesar das reclamações contra o alto preço das conexões, o mau atendimento das empresas e a instabilidade da ligação com a rede.