Com a experiência de quatro eleições, começamos a cobertura de mais um momento crucial do regime democrático: a eleição de 2010, momento em que o eleitor brasileiro vai escolher o presidente da república, governador do estado, dois senadores, deputados federais e estaduais.
E chegamos a este momento com a responsabilidade de honrar o maior patrimônio de um Jornal: a credibilidade. Atributo que buscamos com um modelo de jornalismo pautado na ética, independência e apuração acurada dos fatos.
A lisura de nossa conduta se confirma com a audiência, sintonia com a população de Mato Grosso do Sul e a inexistência, em mais de oito anos, de condenações por danos morais, infâmia ou injúria, crimes tipificados na legislação para aqueles que fazem da liberdade de imprensa um caminho distorcido da função primordial que lhes cabe.
Os processos eleitorais, por envolver a disputa de poder, acirram os ânimos dos protagonistas das correntes partidárias e as armas para vencer nem sempre são as permitidas. Por isso mesmo, as diferenças são muitas vezes decididas em árduas batalhas jurídicas.
E a imprensa, canal que transmite ao eleitor os fatos da contenda política, rotineiramente vira alvo de candidatos e coligações, democratas que se veem tentados a questionar o noticiário sempre que o consideram prejudicial aos seus interesses, como se coubesse aos órgãos de comunicação ter, além da preocupação de informar, que agradar este ou aquele concorrente.
Nesse campo, já aprendemos que aqueles “menos democratas” apontam como adversários os órgãos de imprensa que adotam postura de independência. Esta é a regra. A tentação à censura se acentua em épocas eleitorais.
Desta feita, mal começou a campanha e já fomos alvo de algumas ações judiciais. Exceto uma, interposta pelo senador Delcídio Amaral, do PT, as demais são reclamadas pela coligação Amor, Trabalho e Fé. Merecem registro, pois buscam a censura prévia e maculam intenção intimidatória.
A coligação do governador vislumbra comprometimento de nossa linha editorial em razão de relacionamento pessoal do sócio do Midiamax, como se os membros da empresa não tivessem personalidade distinta da pessoa jurídica. E mais, como se num mundo altamente competitivo e dominado pelas redes sociais ainda existisse a figura do “dono” e a opinião pública pudesse ser manipulada.
Já o senador acusou o Midiamax de “fabricar notícias” para denegrir sua imagem, por conta das reportagens que versam sobre seu distanciamento político do ex-governador Zeca do PT, tema tratado pela imprensa de uma forma geral e destaque, na edição do dia 26/07/2010, do jornal Correio do Estado.
O senador reclamou também de notícias que, segundo ele, “enaltecem” dois personagens da política regional: Zeca do PT e Dagoberto Nogueira, ambos de sua coligação e, da mesma forma, assíduos personagens de matérias do citado jornal Correio do Estado.
Entretanto, a irresignação do senador se tange, até o momento, apenas ao Midiamax.
Felizmente, a justiça de Mato Grosso do Sul tem aplicado fielmente a lei e derrubado uma a uma as tentativas de frear nossa liberdade constitucional de informar. E confirma que a população poderá exercer livremente seu direito sagrado de determinar, com o voto, o destino que deseja para seu estado e país.
Assim, em respeito a você, leitor, com o qual nos relacionamos através dos consagrados canais Espaço do Leitor, Comentário, Fórum , Enquete e, recentemente, via twitter, onde já ultrapassamos a marca de três mil seguidores, trazemos a púbico estas considerações para reafirmar nosso compromisso com a verdade e o interesse público e para merecer de cada um de vocês a avaliação enviada pelo próprio senador Delcídio ao Sócio Diretor da empresa, recentemente:
“Ao empresário Carlos Eduardo Naegele. Em seu nome, cumprimento toda a equipe do Midiamax, que há oito anos informa com clareza e isenção os principais fatos que acontecem na capital e no interior do Estado. A longevidade do site é uma prova não só da competência dos profissionais que nele trabalham, mas também da credibilidade que conquistou em toda a sociedade sul-mato-grossense. Comportamento ético, respeito à verdade e a preocupação de sempre ouvir todos os lados de uma questão são diretrizes que, com certeza, você transmite aos repórteres e editores do Midiamax, que a cada dia se consolida como fonte precisa de informações para dezenas de outros sites, jornais, emissoras de rádio e televisão. Senador Delcidio do Amaral Gomes, em 16 de maio de 2010”.