terça-feira, 28 de julho de 2015

Veja três novidades e uma crítica ao novo Windows 10

Novo sistema operacional da Microsoft, que aposenta o navegador Internet Explorer, será lançado nesta quarta-feira (29).

Da BBC
Computador rodando o Windows 10, da Microsoft. (Foto: Divulgação/Microsoft)Computador rodando o Windows 10, da Microsoft (Foto: Divulgação/Microsoft)
O mundo da tecnologia terá nesta quarta-feira um evento importante: a Microsoft lançará o Windows 10, novo sistema operacional que competirá com o Mac OS X El Capitan, que deve vir ao mundo nos próximos meses.
O lançamento é ambicioso: a Microsoft, que ocupa 90% do mercado com o Windows, quer alcançar um bilhão de usuários em computadores até 2017.
O Windows 10 funcionará em computadores, tablets e celulares e estará disponível como uma atualização gratuita para os usuários do Windows 7, Windows 8.1 e Windows Phone 8.1.
A data oficial de lançamento é 29 de julho, mas o sistema não estará imediatamente disponível para todo mundo.
A Microsoft começará a enviar notificações para avisar que a atualização está disponível, mas, embora isso deva ocorrer logo em algumas máquinas, em outras pode demorar "semanas ou meses", segundo a própria empresa diz em seu site.
Os primeiros a receber a nova versão serão os usuários dos Windows 7 e 8.1 que já tenham feito a reserva da atualização.
O Windows 10 estará disponível em sete versões. A Home custará US$ 119 (aproximadamente R$ 400) e, a Profissional, US$ 199 (R$ 668).
O fim do Internet Explorer
Uma de suas novidades mais importantes é o Microsoft Edge, um novo navegador que permite escrever notas diretamente sobre páginas da internet e compartilhá-las ou salvar suas leituras favoritas, entre outras opções.
"Tínhamos que fazer mais do que produzir uma nova versão do navegador. Precisávamos de uma nova forma de fazer as coisas", disse Charles Morris, gerente de programas da companhia.
O novo navegador permite fazer buscas na barra de endereços, sem a necessidade de ir ao buscador ou uma barra de pesquisa, como já faz o Google Chrome.
Também incorporou um "hub", local em que os dados de navegação são armazenados. Com um clique, é possível acessar favoritos, lista de leituras, histórico e downloads em andamento.
O Edge permite fazer anotações, escrever e sublinhar itens diretamente na página da web, função que ainda não existe em nenhum outro navegador.
Em suas críticas, especialistas que testaram o Windows 10 têm elogiado o Edge: seria funcional, simples e mais rápido que o Explorer. Alguns, porém, destacaram que ele não oferece tanto quando comparado, por exemplo, ao Google Chrome.
"Certamente irá melhorar com o tempo. Mas os fãs do Chrome sempre faziam uma piada dizendo que o Explorer era o navegador para fazer o download do Chrome. O Edge parece ser mais do mesmo", escreveu Mark Hachman, editor da revista PCWorld.
Para quem quiser continuar usando o Explorer, a Microsoft vai mantê-lo funcionando e corrigir eventuais problemas de segurança.
Assistente pessoal
Uma das características mais interessantes do novo Windows é que ele permitirá aos usuários conversar com seu computador.
O programa tem uma assistente pessoal, chamada Cortana – semelhante à Siri, da Apple –, que pode ser acionada por voz e executar algumas tarefas.
Ela pode ativar lembretes, alarmes, identificar uma música, gravar notas, iniciar aplicativos, dar informações sobre o clima e o time de coração etc.
Não espere, porém, que a Cortana responda diretamente às suas perguntas: o que ela fará é acessar um buscador e entregar os resultados de uma busca na internet.
A assistente também poderá funcionar em outros sistemas operacionais, como o Android e o da Apple.
A volta do menu iniciar
O Windows trouxe de volta o menu iniciar que, em nova roupagem, se divide em duas partes.
A esquerda traz ícones com os programas mais usados, como ocorre no Windows 7, um atalho para a lista com todos os outros recursos do computador e os botões de desligar e suspender, entre outros.
Na direita estarão os ícones de apps em estilo de caixinhas, introduzidos com o Windows 8.
O então CEO da Microsoft, Steve Ballmer, no lançamento do Windows 8, que trouxe entre suas novidades o fim do menu iniciar; item retorna na nova versão | Foto: Richard Drew/AP
Segundo o site especializado TechAdvisor, essas caixas podem virar atalhos para funções específicas dos aplicativos.
É possível, por exemplo, fixar um trajeto diário no aplicativo de mapas e acessá-lo diretamente ao clicar em uma caixinha.
O novo menu iniciar é personalizável: dá para mudar o tamanho, reorganizar as caixas e criar grupos delas. Há ainda, para quem quiser, a opção de usar a tela de início do Windows 8.
A tela completa do menu iniciar foi pensada para tablets, mas também é possível usar em um PC ou laptop.
Atualizações obrigatórias
É provável que uma das novas características do Windows 10 não seja muito bem recebida entre os usuários: as atualizações automáticas.
Segundo o diário britânico "The Guardian", a última versão conhecida do navegador (aquela que se acredita que será lançada nesta quarta) tem um sistema automático de atualizações que não é possível desativar, algo que não ocorreu com nenhuma das versões anteriores.
Essas atualizações automáticas ajudarão a proteger a segurança dos usuários. Muitos, porém, não vão recebê-las bem, principalmente aqueles que não usam sempre seus computadores e não querem, ao fazê-lo, se depararem com uma tela que não podem fechar.
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