segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vídeo de dança na entrada de casamento vira coqueluche na internet


da Folha Online

Um vídeo de um casal que dança na entrada da igreja em Minnesota, em pleno casamento, se tornou uma sensação da internet --angariando mais de 8,6 milhões de visitas no YouTube.

A sequência de dança que abre a cerimônia de casamento de Kevin Heinz e Jill Peterson na igreja St. Paul, teve mais de 8 milhões de vezes, desde que o vídeo foi colocado no site, há menos de uma semana.
Reprodução
Cenas da entrada do casamento na igreja St. Paul, em Minnesotta; vídeo teve mais de 8 milhões de acessos em menos de uma semana
Cenas da entrada do casamento na igreja St. Paul, em Minnesotta; vídeo teve mais de 8 milhões de acessos

No vídeo de cinco minutos, padrinhos, madrinhas e damas de honra entram dançando e rebolando ao som de "Forever", do cantor norte-americano Chris Brown --surpreendendo os convidados presentes na igreja.

A performance do noivo com um salto mortal na entrada do altar e o "gingado" da noiva receberam aplausos dos convidados.

Peterson e Heinz, entrevistados pela NBC Today Show, disseram que a dança foi uma ideia dela. A noiva disse que sempre "amou dançar --como uma expressão de si mesma e como parte da alegria".

"Foi uma coisa que sempre quis fazer", afirmou Peterson.

O casal afirma que ensaiou a dança com os outros membros do casamento apenas antes da cerimônia, durante uma hora e meia.

O vídeo pode ser visto aqui.

Com agência France Presse


ASSISTA O VIDEO, CLICANDO NO SEGUINTE LINK:

http://www.youtube.com/watch?v=4-94JhLEiN0

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Reforma eleitoral limita cobertura on-line, permite doação oculta e relaxa punição

FÁBIO ZANINI
JOHANNA NUBLAT
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Câmara aprovou ontem uma reforma eleitoral que cria regras para a campanha na internet e estabelece uma série de amarras para sua cobertura por portais, sites e blogs.

Ampla e tratando de diversos temas, a lei confirma a possibilidade da doação oculta por meio de partidos, relaxa mecanismos de punição a partidos políticos (como a suspensão do Fundo Partidário) e reduz valores de multas eleitorais.

Erros "irrelevantes" em prestações de contas serão ignorados, embora não se defina o que seja isso. Acaba a inelegibilidade para candidatos que deixarem dívidas de campanha.

Também fica incluída em lei a garantia de que pessoas com processos em tramitação na Justiça poderão ser candidatas antes que as instâncias sejam esgotadas. Hoje, há apenas jurisprudência nesse sentido.

Bastará para disputar a eleição o candidato ter apresentado as contas eleitorais de campanhas passadas, sem a necessidade de sua aprovação. A justificativa é não prejudicar um candidato se a Justiça demorar a apreciar as contas.

No final da sessão, uma emenda incluída de última hora criou o voto em trânsito para presidente. Eleitores fora de seu domicílio eleitoral poderão votar em urnas especiais colocadas nas capitais dos Estados.

Parte do texto-base se dedica a regulamentar a campanha na internet. Mesmo não sendo concessão pública, a internet terá que se submeter às mesmas regras de rádios e TVs.

"O jornalismo na internet é, foi e será permitido. [...] O que estamos propondo é que, além da liberdade, haja equidade", afirmou o relator do projeto, deputado Flávio Dino (PC do B-MA).

"Demos um passo em direção à modernidade. A permissão para doar pela internet vai diluir o peso do setor empresarial nas campanhas", disse o deputado ACM Neto (DEM-BA).

As regras se aplicam às empresas de comunicação. Na realização de debates, por exemplo, será necessário seguir o modelo das TVs, pelo qual dois terços dos candidatos de partidos com representação da Câmara precisam ser convidados --mesmo os "nanicos".

No caso da internet, isso se estende a entrevistas e bate-papos.

Empresas de comunicação na internet (portais ou sites) não poderão favorecer candidatos na cobertura.

Isso poderá dar margem à proibição de montagens satíricas. "Se for charge jornalística, não há problema.

Não pode é uma trucagem, dizendo que o candidato roubou, matou ou recebeu mensalão", disse Dino.

Como sempre acontece em projetos de lei deste porte, penduricalhos de última hora apareceram.

Um deles proibia na propaganda de televisão, rádio ou internet, a utilização de áudio ou imagem de adversários.

O PSDB foi contra. "Quer dizer que eu não posso colocar o Lula falando que a crise era uma marolinha?", disse o líder do partido, José Aníbal (SP).

A restrição a menção ou participação de pessoas de fora da coligação na propaganda eleitoral acabou caindo.

Pré-campanha

A lei cria a figura da "pré-campanha", aceitando alguns atos de cunho eleitoral antes do início formal da campanha, no dia 5 de julho. Ficam liberadas participação em programas de TV e rádio, realização de encontros em ambientes fechados e prévias partidárias.

Sobre o financiamento de partidos e campanhas, haverá a possibilidade de doação bens próprios --como veículos e imóveis, até o teto de R$ 50 mil.

O desejo de impor limites à atuação da Justiça Eleitoral aparece em outras partes da lei. Uma proposta que previa o trancamento da pauta do TSE até que pedidos de cassação fossem votados foi retirada na última hora. Também criou-se a data limite de 5 de março do ano eleitoral para que o TSE edite resoluções da votação.




Arte/Folha
reforma eleitoral



Arte/Folha
reforma eleitoral

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Deputados aprovam texto base da reforma eleitoral e liberam doação pela web com cartão

MARCELA CAMPOS
colaboração para a Folha Online, em Brasília

Foi aprovado hoje, em votação simbólica na Câmara, o texto base do projeto de lei da reforma eleitoral, que muda regras da legislação atual e incorpora resoluções do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O deputado Flávio Dino (PC do B-MA), relator do projeto, aceitou as emendas apresentadas para permitir doações a candidaturas por cartão de crédito pela internet, por meio de formulário eletrônico.

A regra é a mesma para as doações feitas pelos meios tradicionais: podem ser doados até 10% do rendimentos bruto e até 50% dos bens móveis.

As eleições de 2010 também devem ser as primeiras com propaganda massiva pela internet. A lei deve permitir a publicidade eleitoral por meio de blogs, redes sociais (Facebook, Orkut, Twitter, entre outras), sítios e e-mail, desde que o destinatário tenha se cadastrado previamente para recebê-la. O conteúdo, porém, deverá ter sido gerado pelo candidato, partido ou coligação.

Fica vedada a contratação de empresa para alimentar esses meios de publicidade. O projeto não trata, porém, da possibilidade de envio massivo de e-mails para destinatários não cadastrados (spam).

O presidente da Casa, Michel Temer, se mostrou favorável ao uso da internet nas eleições de 2010. "A internet vai ser uma ferramenta fundamental nas próximas eleições porque muitas questões de publicidade e propaganda eleitoral estão proibidas."

Outra proibição se dá em relação à pintura de muros com propaganda eleitoral. Agora os deputados votam os destaques do projeto, como a possibilidade de levar bandeiras no dia da eleição, levantado pelo DEM.

Dino elaborou, na hora do almoço, um projeto substitutivo ao texto, incluindo as sugestões de mudanças dos demais deputados às 140 emendas apresentadas.

sábado, 4 de julho de 2009

Vírus usa morte de Michael Jackson para se espalhar pela internet



da France Presse, em Cingapura

A empresa de segurança virtual Sophos lançou um alerta sobre um vírus transmitido por meio de um e-mail contendo supostos arquivos com músicas inéditas e fotos de Michael Jackson. O aviso foi repassado nesta quinta-feira (2).

O e-mail chega à caixa de entrada com o assunto "Remembering Michael Jackson" ("Relembrando Michael Jackson"), e é enviado pelo remetente "sarah@michaeljackson.com", informou a Sophos em um comunicado divulgado por seu Fã deposita flores em frente à casa de Michael Jackson; vírus se espalha pela internet


O e-mail diz que o arquivo anexado, intitulado "Michael songs and pictures.zip", contém músicas e fotografias secretas do rei do pop, que morreu na quinta-feira passada vítima de uma parada cardíaca.

A Sophos alerta os usuários para não abrir o arquivo anexado.

"Ao abrir o anexo, o usuário do computador se expõe à infecção. Uma vez contaminado, o computador começa automaticamente a reenviar o vírus pela internet para outros usuários", explica a empresa.

"Além de se espalhar por meio do e-mail, os especialistas da Sophos descobriram que o vírus também é capaz de contaminar pen drives via USB", acrescenta o comunicado.

"Qualquer um que receber este e-mail deve deletá-lo imediatamente para se poupar do constrangimento de infectar seus contatos virtuais", recomendou Graham Cluley, consultor de tecnologia da Sophos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Internet não é a culpada dos crimes, diz fundador do Pirate Bay



Daniela Arrais/Folha Imagem
"O que nós fazemos é desobediência civil legal. Nós não infringimos a lei", afirma


DANIELA ARRAIS
enviada especial da Folha de S.Paulo a Porto Alegre

Peter Sunde, 30, cofundador do Pirate Bay, foi tratado como estrela no 10º Fisl (Fórum Internacional do Software Livre), que ocorreu em Porto Alegre na semana passada.

Para os cerca de 8.200 participantes do evento, o sueco atua como um símbolo de defesa da liberdade na internet. Afinal, ele é um dos responsáveis por um dos sites de compartilhamento de arquivos mais acessados na rede.


Peter Sunde, cofundador do Pirate Bay, que foi vendido

"O que nós fazemos é desobediência civil legal. Nós não infringimos a lei", afirma Peter Sunde, cofundador do Pirate Bay, que foi vendido

Em entrevista exclusiva à Folha, Sunde afirmou que é preciso conscientizar mais pessoas para que elas se tornem ativistas em relação ao compartilhamento na internet.

Quando indagado sobre os planos futuros do site, Sunde foi evasivo: "Muita coisa vai ocorrer ainda, mas não posso falar sobre isso". Ontem, uma empresa sueca anunciou a compra do site.

Folha - A Justiça considerou que o juiz responsável pelo veredicto do Pirate Bay não foi tendencioso. Qual é o próximo passo que vocês darão?

Peter Sunde - Eu vou soar como uma pessoa que nunca desiste.

Você já assistiu a Monty Python? Há um cara lá que não desiste nunca. Um juiz decidindo se outro juiz foi tendencioso já é tendencioso. Não podemos mais apelar. A única maneira de conseguirmos isso é recorrendo à União Europeia de Direitos Humanos. Agora vamos ver se a Anistia Internacional nos ajuda. É um processo que vai levar cinco anos, por aí. A decisão é totalmente errada. Eles estão falando sobre eles, e não sobre a situação.

Folha - Christian Engström, do Pirate Party, disse que a decisão mostra que a única maneira de vencer essa batalha é por meio da política. Você concorda com ele?

*Sunde - Nós precisamos mudar a política a longo prazo. A curto prazo, precisamos ser ativistas para quebrar o sistema ou modificá-lo para que ele funcione da maneira como deve funcionar. O que nós fazemos é desobediência civil legal. Nós não infringimos a lei. Nós fazemos coisas que ainda são legais e não devemos ser condenados. Temos que incentivar mais pessoas a agirem contra esse tipo de coisa. Precisamos de pessoas se rebelando e dizendo que isso é errado.

Folha - Você não teme ser preso?

Sunde - Não serei preso. Vamos recorrer e vencer no final. Até agora, o juiz não disse o motivo de nossa condenação.

Folha - Você acredita que as pessoas estão começando a ficar preocupadas com as consequências de seus atos na internet?

Sunde -As pessoas estão de saco cheio de ouvir grandes corporações dizendo como elas devem agir. É ruim para a sociedade ter poucas companhias muito ricas dizendo como elas devem ou não devem agir. Não é produtivo. E o Pirate Bay se tornou o símbolo disso.

Folha - Você acha que advogados e juízes ainda não sabem lidar com questões ligadas à internet?

Sunde - Eles não entendem sobre tecnologia. E ainda dizem que ela não é tão ou mais importante do que a lei. A maioria dos juízes é muito velha, provavelmente vai ser trocada, em breve, por novos juízes que têm experiência no assunto. A tecnologia de hoje em dia é muito avançada para aqueles que se formaram há 30 anos. Enquanto isso não acontece, temos que atuar como ativistas.

Folha - Como você enxerga as críticas de grandes corporações ao compartilhamento na internet?

Sunde - Elas não têm opção. Ou mudam ou vão perder ainda mais espaço. Elas têm que adotar novas tecnologias, inventar outras também. Elas não têm um problema de dinheiro, mas um problema de controle. As vendas continuam altas, não tanto em suporte físico, mas elas ganham dinheiro com licenciamentos para televisão, rádio. Mais gente usa a mesma música em diversos suportes. No final, elas sabem que estão perdendo controle sobre como o conteúdo está sendo espalhado. E isso as assusta.

Folha - E a atitude dos artistas sobre o mesmo assunto?

Sunde - São artistas que não produzem há muito tempo aqueles que se contrapõem ao compartilhamento de arquivos. Prince e Village People tentaram processar a gente. Nenhum deles está fazendo música desde os anos 1980.

Mas eles se incomodam por não vender coletâneas de melhores sucessos.

No entanto, sem a internet, os novos músicos não seriam nada --ela abriu possibilidades. As pessoas não vão pagar pelo que já pagaram. Em que tipo de trabalho você ganha dinheiro toda vez que alguém usa o que você fez? É assim que o copyright atua. Por 70 anos, você paga todas as vezes que usar uma obra. Imagine se você tivesse uma casa e precisasse pagar US$ 1 a cada vez que entrasse nela? Não estou dizendo que as obras não devem ser pagas, mas sim que a forma como elas são pagas deve ser revista.

Folha - O que você achou da quase aprovação da lei antipirataria francesa?

Sunde - O que aconteceu é realmente estúpido e mostra como os políticos não têm a menor ideia do que é a internet.

Se alguém entra na sua casa e rouba alguma coisa, você não consegue bloquear a rua por onde ele passou. O mesmo acontece com a internet. Se alguém faz algo supostamente ilegal, você não pode bloqueá-la. A internet não é a razão pela qual as pessoas cometem um crime, é apenas uma conexão.

Você tem que consertar os problemas da sociedade para que as pessoas não cometam crimes, e não dizer que o meio que elas usam para isso é ilegal. A internet é a forma de comunicação das novas gerações. Nenhum crime iria desconectar você da internet por um ano.

Folha - E como fica a imagem do presidente francês, Nicolas Sarkozy, após esse episódio?

Sunde - Ele não liga para democracia. É um ditador. A mesma coisa ocorre na Itália. E são essas pessoas que estão decidindo como as pessoas se comunicam. Os governos conseguem maneiras fáceis de fazer vigilância, como ocorre na China ou na Coreia do Norte. Eles não entendem sobre liberdade e democracia, e sim sobre dinheiro e controle.

Folha - A política o atrai?

Sunde - Não. Não entraria na política porque nunca seria organizado. Uma das coisas que eu mais quero combater é aqueles que dizem que somos [o Pirate Bay] organizados. Não somos. Somos desorganizados como o diabo. Acredito que não posso falar sobre os valores de outras pessoas nem sobre o que elas acreditam, por isso não poderia ser candidato. Quero que as pessoas pensem por si mesmas, se imponham.

Folha - Você costuma baixar muito conteúdo? Tem uma conexão rápida e muito espaço no disco rígido?

Sunde - Baixo o que me der vontade. Minha conexão é bem rápida, como a da maioria das pessoas na Europa. Acho que um desafio de hoje em dia é lidar com a quantidade de informação disponível. Então, nem sempre armazeno tudo --baixo de novo quando dá vontade.

Folha - Se você fosse ouvido pela indústria do entretenimento, que conselho daria para que ela saia do estado em que está?

Sunde - Diria para eles se inspirarem no Swedish Model ("www.theswedishmodel.org), organização que reúne gravadoras para repensar o futuro da música. Em vez de brigar com a internet, eles querem usar as mil possibilidades que ela oferece. E, claro, conseguem ganhar dinheiro assim.